O espetáculo que nasce em dois minutos ou dois gols.

-Por todos nós-

09/03/2010

AS COPAS DO MUNDO E OS MUNDOS DAS COPAS - PARTE 2


MUNDO OTIMISTA: Os recomeços e o surgimento do Rei (1950, 1954 e 1958)

1950

Sede (Participantes): Brasil (13)

Campeão: Uruguai

Vice: Brasil

Artilheiro (Gols): Ademar – Brasil (9)

Média de Público por partida: 47 mil

Com o recesso forçado pela segunda grande guerra, a ideia de voltar a promover a competição ganhou força apenas em 1950, e um país que saíra economicamente beneficiado da guerra e com condições de construir um grande estádio para o evento, foi o Brasil. A escolha da nação verde e amarela ainda teve que superar a tensão das décadas anteriores, entre a Europa e América, no que diz respeito ao preconceito racial e cultural. No entanto, o que parecia um recomeço entusiasmado do futebol e do mundo, para o Brasil revelou mais uma decepção. Diante de 200 mil pessoas no Maracanã, a seleção uruguaia sagrou-se campeã pela segunda vez.


1954

Sede (Participantes): Suíça (16)

Campeão: Alemanha Ocidental

Vice: Hungria

Posição do Brasil: Quartas-de-final

Artilheiro (Gols): Kocsis – Hungria (11)

Média de Público por partida: 34 mil

A Inglaterra deixara definitivamente o boicote à competição. A frágil performance do Brasil combinava com o inseguro mandato democrático-populista de Getúlio Vargas, que se matou meses depois. A inovadora seleção húngara de Ferenc Puskas, que levou ouro olímpico em 1952, trouxe o melhor momento do comunismo nas Copas num momento em que repercutia amplamente os crimes de Stálin. Mas a história não terminou assim. "Milagre de Berna". A seleção da Alemanha ocidental, derrotada por 8x3 na primeira fase da competição, venceu os húngaros, invictos a 32 jogos, respondendo ao mundo como um país que sairia das trevas da guerra e do nazismo.


1958

Sede (Participantes): Suécia (16)

Campeão: Brasil

Vice: Suécia

Artilheiro (Gols): Just Fontaine – França (13)

Média de Público por partida: 26 mil

O surgimento daquele que seria o atleta do século pode ser entendida como uma alegoria da ascensão de um conjunto de povos e países que passou a ser denominado terceiro mundo. Desde a Conferência de Bandung (1953) que apresentou esta categoria, a promissora divisão geopolítica mundial adquiriu aspectos mais complexos.

Em virtude da riqueza natural brasileira e de seu potencial econômico, a conquista da copa alertou o bloco capitalista que o gigante da América do sul seria um aliado indispensável na Guerra Fria.

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