O espetáculo que nasce em dois minutos ou dois gols.

-Por todos nós-

26/04/2010

O que é esse Futebol?

O futebol - fenômeno total, que entrelaça política, cultura, sociedade, religião, paixão, prazer e tudo aquilo que é mais humano - também é um negócio daqueles.

Sobre isso, mesmo entre os mais saudosistas, não há quem negue a sua faceta de mercadoria.

No entanto, o que se tem discutido são as consequências do futebol business para os diversos atores envolvidos, e ao meu ver, o grande desafio estaria em evitar as perversões sociais e éticas decorrentes do modelo de futebol atual.

A inspiração desse comentário provém de uma importante entrevista realizada por Débora Bergamasco e publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo.
O entrevistado: a revelação mais badalada do futebol brasileiro dos últimos anos, Neymar, 18.

Não me interessa aqui julgar a opulência e vaidade do jovem por seus brincos de ouro; imóveis e carros de luxo e cabelos alisados - afinal de contas, nisso ele não se difere de muitos outros jogadores badalados.

Não pretendo fazer uma síntese do ótimo trabalho de Débora, mas entendo como necessário mencionar duas passagens que me chamaram a atenção.

Farei isso de maneira bem cartesiana.

1. Já foi vítima de racismo?
(NEYMAR) Nunca. Nem dentro e nem fora de campo. Até porque eu não sou preto, né?


2. Já tirou seu título de eleitor?
(NEYMAR)Não tirei. Nem queria, mas vou ter que tirar.


O que há de errado no que o garoto disse? Afinal de contas, é só um garoto.
Um garoto que pode comprar um carro, uma casa. Pode viajar, fazer filhos e fazer um gol de placa na final de um campeonato. Nada disso me interessa.

Um garoto que NEGA a própria cor de pele. Ele é um testemunho claro pra quem não vê e pra quem não quer ver o preconceito racial no Brasil.

A ilusão da informalidade da malandragem brasileira desfarça o teor de discriminação contido no "Eu não sou preto, né?".
A miragem da democracia racial omite a negação de sua cor ao criar categorias como "pardo" e "mulato". Neymar talvez não saiba o que é, mas sabe que negro não é.

Se existe alguma sutileza que dê outro sentido a fala de Neymar e que poderia até absolvê-lo, certamente só poderia ser percebida no instante que ele responde para a jornalista. Mas aparentemente, não é o caso.

Neymar é só um garoto. Um garoto que "TEM QUE TIRAR" título de eleitor. Um garoto que não sabe quem são os candidatos à presidência. Um ídolo de milhares de jovens iguais a ele. E também é um jovem comum.

O que há de grave nisso tudo?

Seria o Neymar uma exceção, ou todos esses jovens serão adultos mais conservadores que seus próprios pais? Foi até uma pergunta ainda não respondida que fiz a jornalista responsável pela entrevista. Grandes ambições materiais são marcas quase invariáveis nos jovens futebolistas brasileiros. Geralmente, vindos de uma trajetória de vida sofrida e muita superação, os novos talentos se arremessam no mar de riqueza tentando recompensar seu passado humilde.

Mas Neymar há muitos anos tem sido tratado como jóia rara no Santos, e já recebia salário de jogador profissional de primeira divisão do futebol brasileiro. Pressupõe-se que Neymar teria tido condições materiais de ter acesso aos diversos bens culturais inerentes a uma educação de um cidadão.

Não me interessa elaborar hipóteses sobre a formação do Neymar. Mas me interessa entender que lugar o futebol ocupa no meio disso tudo.

Neymar e tantos outros jovens ignoram o que há de mais importante na juventude. A capacidade de transformar. Ainda que, como já escrevi anteriormente, dentro das quatro linhas ele tem sido subversivo.
(Para saber mais, leia o artigo: A Nova Ordem do Futebol).

Aqui vale repetir uma ideia. O futebol é um espelho da sociedade.

O futebol não produz jovens que ignoram sua cidadania. E tampouco os transforma.

O Brasil, diz o ácido ditado popular, o país onde puta goza, cafetão tem ciúmes, traficante é viciado e pobre é de direita, ainda precisa construir uma instituição chamada democracia que depende de uma tradição chamada cidadania.

E o futebol? E Neymar?

Não podemos entender o futebol como uma janela transparente que reflita de forma isenta as tensões sociais.

Também não podemos ignorar o exemplo do Neymar como um reflexo dos problemas de ensino no Brasil.

Esse futebol, no mínimo, não interrompe a continuidade da reprodução de jovens tão alheios a realidade do seu país.

O que é esse futebol?


Confira a entrevista feita por Débora Bergamasco no Estadão.

1 comentários:

Jama Libya disse...

A meGaLOBO RACISMO? A violência do preconceito racial no Brasil personagem (Uma negra degradada pedinte com imagem horrenda destorcida e bosalizada é a Adelaide do Programa Zorra Total, Rede Globo do ator Rodrigo Sant’Anna? Ele para a Globo e aos judeus é engraçado, mas é desgraça para nós negros afros indígenas descendentes, se nossas crianças não tivessem sendo chamadas de Adelaidinha ou filha, neta e sobrinha da ADELAIDE no pior dos sentidos, é BULLIYING infeliz e cruel criado nos laboratórios racistas do PROJAC (abrev. de Projeto Jacarepaguá, como é conhecida a Central Globo de Produção) é o centro de produção da Rede Globo que é dominado pelos judeus Arnaldo Jabor, Luciano Huck,Tiago Leifert, Pedro Bial, William Waack, William Bonner, Mônica Waldvogel, Sandra Annenberg Wolf Maya, Daniel Filho e o poderoso Ali Kamel diretor chefe responsável e autor do livro Best seller o manual segregador (A Bíblia do racismo,que ironicamente tem por titulo NÃO SOMOS RACISTA baseado e num monte de inverdades e teses racistas contra os negros afro-decendentes brasileiros) E por Maurício Sherman Nisenbaum(que Grande Otelo, Jamelão e Luis Carlos da Vila chamavam o de racista porque este e o Judeu racista Adolfo Block dono Manchete discriminavam os negros)responsável dirige o humorístico Zorra Total Foi o responsável pela criação do programa e dos programas infantis apresentados por Xuxa e Angélica, apresentadoras descobertas e lançadas por ele no seu pré-conceitos de padrão de beleza e qualidade da Manchete TV dominada por judeus,este BULLIYING NEGLIGENTE PERVERSO que nem ADOLF HITLER fez aos judeus mas os judeusionistas da TV GLOBO faz para a população negra afro-descendente brasileira isto ocorre em todo lugar do Brasil para nós não tem graça, esta desgraça de Humor,que humilha crianças é desumano para qualquer sexo, cor, raça, religião, nacionalidade etc.o pior de tudo esta degradação racista constrangedora cruel é patrocinada e apoiada por o Sr Ali KAMEL (marido da judia Patrícia Kogut jornalista do GLOBO que liderou dezenas de judeus artistas intelectuais e empresários dos 113 nomes(Contra as contra raciais) com o Senador DemóstenesTorres que foi cassado por corrupção) TV Globo esta mesma que fez anuncio constante do programa (27ª C.E. arrecada mais de R$ 10,milhões reais de CENTARROS para esmola da farsa e iludir enganando escondendo a divida ao BNDES de mais de 3 bilhões dollares dinheiro publico do Brasil ) que tem com o título ‘A Esperança é o que nos Move’, o show do “Criança Esperança” de 2012 celebrará a formação da identidade brasileira a partir da mistura de diferentes etnias) e comete o Genocídio racista imoral contra a maior parte do povo brasileiro é lamentável que os judeus se divirtam com humor e debochem do verdadeiro holocausto afro-indigena brasileiro é lamentavel que o Judeu Sergio Groisman em seu Programa Altas Horas e assim no Programa Encontro com a judia Fátima Bernardes riem e se divertem. (A atriz judia Samantha Schmütz em papel de criança no apoteótico deste estereótipo desleal e cruel se amedronta diante aquela mulher extremem ente feia) para nós negros afros brasileiros a Rede GLOBO promove incentivo preconceito raciais que humilha e choca o povo brasileiro.Taryk Al Jamahiriya. Afro-indigena brasileira da Organização Negra Nacional Quilombo – ONNQ 20/11/1970 – REQBRA Revolução Quilombolivariana do Brasil quilombonnq@bol.com.br

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